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22 setembro, 2010

Cobrança ilegal pode excluir contadores do Simples

A Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias e Informações e Pesquisas (Fenacon) está alertando os contadores paraibanos que optaram pelo Simples Nacional e que permanecem cobrando ilegalmente taxas e honorários pelo registro do Empreendedor Individual.

“As entidades de classe dos contadores tomarão medidas cabíveis para enviar as denúncias à Receita Federal com a finalidade de excluir o nome desses contadores do Simples Nacional. Além de desvio ético profissional, eles estão em desacordo com a legislação em vigor quando optaram pelo Simples”, declarou o vice-presidente nacional da Fenacon, Edson Oliveira da Silva, que participou, em João Pessoa, de um debate sobre os três anos de entrada em vigor do Simples Nacional. O evento foi promovido pelo sistema Sescap/Sescon e Sebrae.

De acordo com a legislação, os escritórios de contabilidade que optaram pelo regime unificado do Simples Nacional são obrigados a registrar gratuitamente os empreendedores individuais no Portal do Empreendedor. O serviço de envio da primeira declaração anual dessas empresas também não poderá ser cobrado pelos contadores.

O Empreendedor Individual é aquele que trabalha por conta própria, sem sócios, com faturamento de até R$ 36 mil no ano e faz de sua profissão um micronegócio. A nova categoria é formalizada gratuitamente pela internet.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado (Sescon), José Roberto Cavalcanti, o registro do Empreendedor Individual na internet é bem simples e os contadores devem ser facilitadores desse serviço e entender essas formalizações como futuros clientes.

“Defendemos que a classe contábil perceba esses empreendedores individuais como clientes futuros e não de forma imediatista. Sabemos que o bom atendimento hoje e de forma gratuita vai garantir um diferencial para uma carteira de clientes mais ampla nos próximos anos, quando essas mesmas empresas começarem a crescer. A lógica é que esses proprietários procurem os escritóros que prestaram um serviço profissional com atenção e qualidade”, revela José Roberto.

Para a Fenacon, a classe contábil tem papel fundamental na orientação dos novos empresários e empreendedores. “Além da forte adesão ao Simples Nacional com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresas, vivemos atualmente um momento de forte crescimento econômico e a abertura de empresa tende a crescer no país nesse período, porém, é preciso que essa orientação seja esclarecedora e para os candidatos a empresário”, revelou o vice-presidente nacional da entidade.

A gestora de políticas pública do Sebrae Paraíba, Bera Wilson, diz que o Sebrae vem recebendo denúncias de cobrança de registro do Empreendedor Individual, principalmente do interior do Estado, onde a fiscalização ainda é menos intensa. “É preciso que esses profissionais entendam que serviço gratuito e voluntário aos empreendedores individuais é uma contrapartida por optarem pelo Simples Nacional”, revelou.

Fonte: Click PB

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08 setembro, 2010

Contabilistas estão em alta

Com o bom momento econômico de Pernambuco, a graduação de ciências contábeis pode ser a pedida para aqueles que gostam de números, têm visão ampla e costumam se atualizar
Pergunte a qualquer criança ou adolescente o que ele quer ser quando crescer. As respostas vão incluir categorias profissionais como médicos, advogados, engenheiros e jornalistas. Dificilmente, alguém dirá que pretende ser contabilista. Contudo, essa profissão até então pouco glamurizada pode ser uma escolha promissora, sobretudo para quem tem facilidade com números e gosta da área administrativa.

Mas, atenção. Antes de exercer a profissão, os futuros contabilistas deverão passar por um teste de eficiência e só os aprovados poderão dar entrada no registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC-PE). "Essa exigência passará a valer a partir do próximo mês de novembro", informa a coordenadora do curso de ciências contábeis da Faculdade Boa Viagem (FBV), Alcione Donida.

Para ela, a medida pretende garantir ainda mais qualidade ao mercado de trabalho, no qual o bom desempenho com cálculos agora apenas não basta. "O contabilista também deve ter um perfil gerenciadore proativo. Cada vez mais, o profissional de contabilidade auxilia na tomada de decisões de uma empresa", destaca a coordenadora.

Por falar em decisão, os contadores têm um amplo leque de opções para escolher. Eles podem atuar em empresas governamentais ou instituições privadas, nos setores financeiro, de comércio ou indústria e trabalhar com contabilidade financeira, auditoria, perícia, contabilidade de custos ou controladoria. A carreira de professor também é uma saída para quem tem interesse pela vida acadêmica.

De acordo com a coordenadora do curso de ciências contábeis da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ana Lúcia Fontes, a busca por um lugar ao sol ainda ganhou o reforço das organizações não-governamentais. "A área social é um campo maravilhoso. Hoje, há mais fiscalização do terceiro setor e uma necessidade de prestação de contas por parte das ONGs", informa.

Junto ao terceiro setor há ainda os grandes empreendimentos do Porto de Suape e diversas outras empresas com base ou em processo de instalação no complexo portuário.

Ensino - A julgar pela quantidade de cursos de ciências contábeis em Pernambuco, a profissão de contabilista está em alta. Diversas instituições de ensino superior oferecem o curso no estado. O mais tradicional é o da UFPE. Em 2009, a concorrência foi de seis alunos por vaga, superando os índices de 2007 (5,5) e 2008 (5,6). Na universidade, são 220 vagas por ano, divididas nos turnos da tarde e noite e em 1ª e 2ª entradas. Na Faculdades Unidas de Pernambuco (Faupe), são abertas 50 vagas por ano, enquanto que a Faculdade de Olinda (Focca) disponibiliza o dobro.

Ao longo do curso, os alunos têm contato com disciplinas como análise de demonstrações contábeis, computação aplicada à contabilidade, finanças e planejamento público, contabilidade societária, controladoria, custos, direito tributário, ética e normas da profissão contábil, matemática financeira, legislação social, economia e gestão financeira.

A UFPE é onde estuda Rinaldo Holanda, 21 anos, aluno do 3º período. "O curso da Federal é muito bom, pois abrange todas as áreas profissionais que um contabilista pode atuar. Inclusive, já faço estágio na própria universidade.", diz.

O sentimento de realização com a escolha universitária é compartilhado por Patrícia França, 33 anos, aluna do 7º período da Faculdade Boa Viagem. Prestes a finalizar a graduação, ela possui também o curso técnico de contabilidade. "Passei em primeiro lugar na seleção de estágio do Ministério Público da União para o setor de perícia contábil, onde ajudo na análise de processos. Agora, o meu foco são os concursos", conta.

Fonte: Diário de Pernambuco

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02 setembro, 2010

Presidente do BNDES afirma que micro e pequenas empresas impulsionam economia

Em palestra para o Sistema Sebrae, Luciano Coutinho destaca importância do setor para desenvolvimento brasileiro
As micro e pequenas empresas têm papel fundamental para alavancar crescimento do País, segundo análise do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Durante palestra realizada na Semana de Capacitação do Sebrae, na manhã desta quarta-feira (1º), o economista apresentou números estimados pela instituição para o avanço do Brasil em 2010 e ressaltou a importância dos pequenos negócios para fomentar o desenvolvimento.

A expectativa do BNDES é que a economia cresça acima de 5% nos próximos cinco anos, que a geração de empregos formais dobre em 2010, que a massa salarial das famílias brasileiras atinja R$ 1,38 trilhão e que os investimentos internos cresçam a uma taxa de 9,6% ao ano até 2013. “O País está muito bem e a micro e pequena empresa é a principal mola impulsionadora da redução das desigualdades sociais. Sem micro e pequena empresa não há desenvolvimento”, frisou o palestrante.

O volume de investimentos internos levantados pelo BNDES mostram aumento da confiança no País. Entre 2010 e 2013 devem ser investidos internamente R$ 859 bilhões, 58% mais que o registrado entre 2005 e 2008. “Os planos de investimentos estão muito firmes e crescentes. Outro vetor importante do crescimento será a necessária expansão do crédito. A pequena empresa precisa de crédito e o desafio é suprir com condições compatíveis com a situação brasileira”, afirmou o presidente do banco.

Conforme o economista, o crédito representa 49,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O volume, na sua opinião, deveria chegar a 70% do PIB, o que poderia ser acrescentado com aumento da participação de pequenos empreendimentos. Como contribuição, o BNDES possui dois canais de liberação de recursos para fomento dos pequenos negócios, que têm registrado aumento no volume resgatado. No primeiro semestre deste ano, 24,5% do volume total emprestado pelo banco teve como destino micro e pequenas empresas, contra 12,2% registrados no mesmo período de 2009. Nos 12 meses anteriores acumulados até julho de 2010 foram liberados para financiamento de pequenos empreendimentos o equivalente a R$ 23,7 bilhões.

Segundo Coutinho, o Cartão BNDES é o principal canal de acesso aos empresários. Com taxa de juros de 10% ao ano e um prazo de 48 meses para pagar, os empreendedores podem resgatar até R$ 1 milhão para modernizar seus negócios. Trezentos e vinte mil empresários contam com essa possibilidade e a expectativa é ampliar para 1 milhão. “O Cartão BNDES permitiu que o banco fosse acessado por milhares de empresas brasileiras e temos certeza de que vai avançar muito mais”, afirmou o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. O Programa de Sustentação do Investimento (PSI), lançado durante a crise econômica para financiar a compra de máquinas e equipamentos, é a outra opção utilizada pelos micro e pequenos. Do volume disponibilizado, 55% são resgatados por eles.

Boas perspectivas

A expectativa do BNDES é que neste ano sejam criados 2,2 milhões de empregos formais, contra 995 mil registrados em 2009. As micro e pequenas empresas são responsáveis por 52,3% do emprego formal em todo o País, segundo os dados do banco, o que equivale a 13 milhões trabalhadores. A massa salarial deve atingir R$ 1,38 trilhão ao fim deste ano, aumentando o poder de compra no mercado interno, que, como destacou, foi responsável por salvar o Brasil da crise. “O aumento da massa salarial e do emprego são as alavancas da economia brasileira”, afirmou Coutinho.

O economista apresentou números que mostram aumento do poder de compra das classes mais baixas, o que impulsiona as micro e pequenas empresas. Em 2002, 58% do consumo era feito pelas classes A e B. As famílias das classes C e D representavam 36% do total. Apenas oito anos depois, a participação se inverteu. Em 2010, as classes C e D são responsáveis por 59%, enquanto os mais abastados das classes A e B compram 40% dos R$ 1,38 trilhão consumidos no País. “Esse é um mercado muito bom para a pequena empresa, que está mais próxima dos consumidores das classes C e D. É um círculo virtuoso. O desenvolvimento da pequena empresa cria esse novo mercado e esse novo mercado gera oportunidades para a pequena empresa”, disse Coutinho.

Além das micro e pequenas empresas, Coutinho citou como essenciais cinco áreas que impulsionam a economia com investimentos: petróleo e gás; infraestrutura, principalmente com energia; logística, com ferrovias e portos; construção habitacional; e agronegócio. “São vetores espontâneos da economia brasileira, mas não são os únicos. O Brasil precisa criar oportunidades em outras áreas que possam responder ao aumento da população. A pequena empresa é fundamental para crescermos acima de 5% ao ano”, afirmou. O economista ressaltou a importância da parceria com o Sebrae para o desenvolvimento. “O Sistema Sebrae é um parceiro. Sabemos que não será possível desenvolver as micro e pequenas empresas sem que elas recebam a capacitação que só o Sebrae é capaz de fornecer”, completou.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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